O Lobito entende e consegue viver a sua Lei, pois esta encerra regras bem simples. No entanto, precisa de mais algumas orientações que o guiem nas boas relações consigo próprio e com a sociedade. Essa é a razão de ser das Máximas!

O Lobito pensa primeiro no seu semelhante.
O Lobito sabe ver e ouvir.
O Lobito é asseado.
O Lobito é verdadeiro.
O Lobito é alegre.


Ao conhecer o Livro da Selva, sonhando e imaginando a vida de Máugli, o Lobito compreende o espírito de entreajuda, altruísmo e solidariedade em que os animais da selva vivem.
Esta Máxima corrobora o segundo artigo da Lei ao contrariar tendências egoístas que o Lobito possa ter. Na sua relação com os outros, o Lobito deve aprender a disponibilizar-se para ajudar os outros mesmo que isso implique deixar-se a si próprio para segundo plano. Ao mesmo tempo, a vivência desta máxima leva-lo-á a aceitar a ajuda dos outros quando dela necessitar, sendo nos pequenos gestos que esta ajuda por ser feita: emprestando um objeto, cedendo o lugar, ajudando numa tarefa mais elaborada, entre outros.

A vida na selva é plena de sons, cores e sombras. Tal como Máugli, também o Lobito aprende a estar atento às maravilhas à sua volta: deitar-se na relva, fechar os olhos e entrar noutro mundo de novas sensações.
Ver e ouvir são fundamentais para a aprendizagem e para o conhecimento da realidade à nossa volta. E o Lobito deve ouvir e ver, não só por obediência aos mais velhos, mas também para entrar em familiaridade com todo o ambiente que o rodeia. Por outro lado, ver e ouvir á imprescindível para evitar distrações e acidentes. Assim, o Lobito aprenderá a observar o meio que o rodeia, interpretando-o.

Máugli teve a experiência de viver entre o “povo sem lei”, os Banderlougues, e ficou perturbado com a desordem, sujidade e anarquia que se vivia nas “moradas frias.”
Através desta Máxima é pedido ao Lobito que cuide da sua higiene pessoal em pequenos gestos: cara lavada, unhas cortadas e limpas, roupa asseada, etc. Mas o seu asseio passa também pelo arrumar e limpar tudo o que diz respeito à vida na Alcateia: covil, tenda, etc.

Depois de Máugli ter sido resgatado do cativeiro dos Banderlougues, foi sincero e explicou a Balu que toda aquela confusão se deveu à sua curiosidade e desrespeito pelos conselhos dos mais velhos.
Seguindo o exemplo de Máugli, também o Lobito deverá procurar ser sempre verdadeiro, isto é, ser fiel ao que está a sentir e honesto sobre o que pensa. Desta forma, aprende a conquistar a confiança dos outros, mas também a assumir a responsabilidade pelas suas atitudes e a aceitar as consequências dos seus atos.

Estando uma ninhada de filhotes de lobo a brincar, ouvem-se os seus latidos de alegria. Enquanto saltitam, se enroscam, se mordiscam, fazem barulhos que refletem a alegria e a felicidade de estarem juntos a brincar.
A alegria faz com que cada um de nós seja mais feliz e encare e vida com leveza. De fato, rir, cantar e brincar, são receitas para uma vida plena de otimismo, que não se deixa abater pelas contrariedades. Uma Alcateia feliz, é um espaço onde se ensina o valor da alegria e a importância de nos esforçarmos por encarar a vida com otimismo.

 

Como viver a Lei e as Máximas na Alcateia
A Lei e as Máximas ajudam à aquisição de normas de convivência básicas, promovendo o equilíbrio do grupo e o enriquecimento das relações humanas. As estratégias de aplicação são diversas: jogos que impliquem partilha, auxílio mútuo, disciplina, lealdade, etc. Exemplos concretos que os lobitos reconheçam como inspiradores (exemplos: as histórias da Selva) reflexões sobre o seu próprio comportamento, à luz das aventuras de Máugli e dos exemplo do Menino Jesus, de S. Francisco de Assis e dos Pastorinhos.
Neste processo, o dirigente deve ter consciência de estarem a ser trabalhados nos Lobitos valores para a vida futura, tendo como base o seu próprio exemplo. Assim sendo, é essencial que o dirigente assuma estes valores como seus e se esforce por cumprir, para ser, de facto ,um modelo a seguir. Um modelo de apoio mútuo, de reforço positivo, de coerência nas atitudes, de encorajamento perante o erro e o desânimo, de defesa de comportamentos saudáveis.

Ultima atualização 13.03.2018 Visualizações 36125
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