© João Matos

Sistema de Patrulha

O Sistema de Patrulhas, tal como idealizado por Lord Baden-Powell of Gilwell, pelo qual as crianças e jovens de um grupo se organizam em pequenos grupo com uma identidade e vida própria, uma liderança e organização interna, constitui um dos elementos mais marcantes e distintivos do Escutismo enquanto pedagogia educativa.

A patrulha, ou outra denominação que o pequeno grupo assuma, é o local onde as crianças e jovens, sob a liderança de um deles, estabelecem relações e são chamados a assumir diversas tarefas para a promoção do bem-comum, incentivando-se, assim, aco-responsabilidade que potencia a aprendizagem da democracia e da solidariedade, bem como a compreensão do papel do líder e da importância de uma boa e equilibrada liderança para o desenvolvimento do grupo.

Nos Agrupamentos em que o Escutismo é vivenciado na sua vertente marítima, as designações do pequeno grupo e do respetivo líder, em cada uma das secções tomam a forma constante da tabela abaixo.

É o Sistema de Patrulhas que faz do Escutismo um verdadeiro esforço de cooperação, um método de educação natural e não formal, onde cada jovem, com as suas particularidades e curiosidades muito pessoais, cresce com os outros e entre eles. Em que os pares se reconhecem pela vivência conjunta e pela prática da Lei do Escuta.

A patrulha é uma “micro-sociedade”, onde cada escuteiro desempenha um papel. Ao assumir a responsabilidade de determinadas tarefas no seio da patrulha, o escuteiro torna-se responsável por si mesmo e... cresce!

O Sistema de Patrulhas proporciona ainda a perda da perspetiva egocêntrica, e permite às crianças e jovens a criação de hábitos de divisão de tarefas e bens, unindo os jovens num ideal comum, repleto de camaradagem, cumplicidade e amizade.

Relacionado com o Sistema de Patrulhas, e com a forma como este se articula na Unidade permitindo a vivência do método do projeto, é o sistema de reuniões e conselhos que dão suporte a toda a vivência das patrulhas e da Unidade.

O Escutismo vive primordialmente ao ar livre, na Natureza, mas não prescinde da vivência em sede, onde cada bando, patrulha, equipa e tribo tem o seu espaço próprio, o seu canto, onde guarda o seu material, onde cultiva e preserva a identidade e memória, e onde reúne.

O espaço de reunião, espaço próprio e reservado do bando, patrulha, equipa ou tribo, é um momento importante do crescimento escutista, e assim deve ser valorizado, pois permite impulsionar o sentido da participação em comum, baseada no diálogo e na cooperação, da organização e planeamento, da visão crítica e avaliação, da auto-gestão com responsabilidade.

Elemento crucial da vida das Unidades é o Conselho de Guias, órgão permanente que, sob a coordenação do Chefe de Unidade, orienta a vida da Unidade.

O papel do Guia é assim fundamental, não apenas na liderança e coordenação do bando, patrulha, equipa ou tribo, como também na representação deste junto da Unidade, através do Conselho de Guias.

Ultima atualização 07.11.2016 Visualizações 23539
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