© Vasco Patronilo

Fundo Manuel Faria

Enquadramento

Manuel Alberto Rodrigues de Faria foi um carismático dirigente do CNE, que ao longo de mais de três décadas marcou sucessivas gerações de escuteiros, particularmente dirigentes no exercício das suas funções como diretor do Centro Nacional de Formação Calouste Gulbenkian – Campo- Escola de Fraião, Braga.

Manuel Faria entrou aos 12 anos para o Grupo de Escuteiros de Guimarães e mais tarde, já adulto, em 1958, ingressou no Agrupamento 13, de Barcelos, aí desempenhando funções de Chefe de Grupo e de Agrupamento; foi Chefe Regional, Secretário Regional Pedagógico e Secretário Inter-regional de Braga e ainda Chefe de Núcleo e Secretário da Formação desta cidade, entre outras em contexto de atividades nacionais, regionais e de núcleo. Partiu para o ‘eterno acampamento’, em 1992, aos 78 anos.

Foi, no entanto, como Chefe Geral da Formação de Dirigentes (depois Chefe do Departamento Nacional de Formação de Dirigentes) que esta figura ímpar do CNE mais marcou a Associação, ao ‘fundar’ o Campo-Escola de Fraião, no princípio dos anos sessenta do século passado, e aí promover o desenvolvimento do sistema de formação pela ‘Insígnia de Madeira’, na sequência da formação para isso adquirida em Gilwell Park, Inglaterra, então o centro de formação de referência no Escutismo mundial.

Manuel Faria foi também uma figura conhecida internacionalmente, já que participou, ao longo da sua vida escutista em inúmeras conferências da OMME e da CICE.

O seu exemplo de dedicação, empenho, competência e zelo, por um Escutismo de qualidade, ainda hoje é referência inspiradora para muitos escuteiros do CNE.

Parece, por isso, justo dar desse exemplo público reconhecimento, uma vez mais, procurando levar às novas gerações de escuteiros do CNE o mesmo desejo de um sempre melhor CNE, traduzido na realização de atividades de excelência, particularmente, ao nível local.

Definição

Inspirado na figura ímpar de Manuel Faria, este fundo com o seu nome pretende estimular e apoiar projetos de excecional valor pedagógico, em termos de participação dos jovens e envolvimento ou impacto comunitário, que possam ser considerados boas práticas do Programa Educativo do CNE.

Objetivos

O Fundo Manuel Faria tem como objetivos:

  • Apoiar o desenvolvimento de projetos pedagógicos locais (Agrupamentos e Unidades);
  • Promover a inovação e excelência dos projetos pedagógicos;
  • Promover o envolvimento comunitário da ação escutista (na comunidade de origem e na de realização).

Temas prioritários

Para a atribuição de apoios, constituem-se como temas prioritários para projetos, sem ordem de preferência, abordados separadamente ou em conjunto, os seguintes tópicos:

  • Ambiente, Qualidade de Vida e Saúde;
  • Cultura e tradições populares;
  • Participação Juvenil, Cidadania e Democracia;
  • Prática Escutista na Comunidade;
  • Promoção da Inclusão Social;
  • Vivência Espiritual.

Âmbito das candidaturas

São aceites candidaturas ao Fundo apresentadas por Agrupamentos ou Unidades, adiante designados por “Candidatos”, para projetos pedagógicos a concretizar no país.

Critérios de valorização

São critérios de valorização dos projetos, os seguintes:

  • Impacto Educativo potencial (10 pontos);
  • Inovação e criatividade (10 pontos);
  • Participação Juvenil inserida na progressão individual (10 pontos); d) Estruturação do projeto (10 pontos);
  • Contactos com as comunidades locais (10 pontos);
  • Sustentabilidade e razoabilidade financeira (10 pontos); g) Divulgação (10 pontos);
  • Perenidade (10 pontos);
  • Número de participantes (10 pontos);
  • Envolvimento dos parceiros externos (10 pontos).

Valores dos apoios

Candidatos Coletivos, será consignado um valor máximo de 60% da verba disponível no Fundo em cada ano. O valor do apoio do Fundo a cada candidatura aceite não ultrapassará 50% do valor total do projeto.

Candidatos Individuais, será consignado um valor máximo de 40% da verba atribuída ao FMF em cada ano. O valor do apoio do Fundo a cada candidatura aceite não ultrapassará 40% do valor total do projeto.

Montantes disponíveis (edição de 2016)

O valor da verba total disponível para atribuir às candidaturas apresentadas no ano de 2016 foi de 15.000€ (quinze mil euros). Deste montante, 10.000€ (dez mil euros) foram afetos aos temas: Participação Juvenil, Cidadania e Democracia; Prática Escutista na Comunidade; Promoção da Inclusão Social; quando envolvam a participação de públicos excluídos, designadamente crianças e jovens em risco e/ou institucionalizados (ou outros com similar grau de exclusão). Os demais 5.000€ (cinco mil euros) foram afetos aos restantes temas.

Montantes máximos de apoio (edição de 2016)

Aos candidatos coletivos foi atribuído um valor máximo de 2.000€ (dois mil euros).
Aos candidatos individuais foi atribuído um valor máximo de 1.250€ (mil duzentos e cinquenta euros).

Para esclarecimento de alguma dúvida ou pedidos de mais informação, pode ainda utilizar o email csimoes(at)escutismo.pt

 

Ultima atualização 24.11.2016 Visualizações 4674
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