O modelo de Percurso Pessoal de Formação Contínua proposto assenta nos seguintes pressupostos:

A. Pluralidade de competências e experiências por parte dos formandos.
Toda a formação atual admite que os percursos excessivamente padronizados e uniformizados correm o risco de falhar, na medida em que não reconhecem que os formandos podem já ter obtido determinados conhecimentos e competências ou que a experiência de ação enquanto Dirigente pode dotá-los de competência adquirida, não carecendo de formação.

B. Motivações diferenciadas por parte dos formandos.
Sabemos hoje que nem todos os formandos partem para a formação pelos mesmos motivos e que uma resposta positiva às necessidades de formação pode ser uma garantia do sucesso do processo formativo. Desde o aprofundamento de conceitos teóricos subjacentes à prática escutista até à procura de ferramentas técnico-pedagógicas mais adequadas para o exercício das suas funções dirigentes, várias podem ser as motivações de um formando. Importa, assim, procurar desenhar um modelo de formação que não as ignore.

C. Necessidade de oferecer percursos de formação diferenciados e que não sejam comprometidos por uma excessiva rigidez no percurso.
A disponibilidade para cumprir percursos excessivamente estruturados, aliada à fraca resposta que determinados percursos podem oferecer, contribui para algum afastamento da formação. Importa formar dirigentes e não garantir a sua presença física, mas nem sempre completa, nos momentos de formação. A desagregação de momentos formativos, com consequente potenciação da capacidade de adaptação às necessidades dos Dirigentes, poderá fomentar a participação na formação.

D. Necessidade de garantir uma mais efetiva alteração nas práticas como resultado da formação.
É na satisfação de necessidades formativas que se consegue impactar de forma mais efetiva nas práticas. Sabemos que nem sempre o investimento em formação tem sido compensado por uma alteração das práticas nas comunidades escutistas locais. A diversificação de oferta, orientada para uma atenção às necessidades dos Dirigentes, é um instrumento e um caminho para uma alteração de práticas.

Propõe-se um modelo de formação contínua centrado no formando, que privilegia percursos e não cursos e que, à semelhança do Programa Educativo, procura dar uma resposta formativa que parta de um (auto) diagnóstico das capacidades do formando, a partir do qual pode organizar o(s) seu(s) percurso(s) de formação, para colmatar as necessidades de formação identificadas.

A soma de créditos em determinadas áreas poderá conferir ao formando o acesso a determinados Percursos Formativos, que, seguidos de estágio, serão reconhecidos como cursos especializados

Ultima atualização 24.11.2016 Visualizações 4383
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