Em 1923, nasce uma nova associação, fundada por membros da Igreja Católica que se inspiraram no testemunho da ação dos escuteiros católicos de Itália. Desde então, o Corpo Nacional de Escutas cresceu e difundiu-se rapidamente por todo o território nacional, tendo oferecido oportunidades de crescimento pessoal a sucessivas gerações de jovens na sociedade portuguesa. O CNE sobreviveu às ameaças do Estado Novo e reforçouse com a instalação da democracia em 1974. O CNE tem sabido adaptar-se aos novos tempos, renovando a sua proposta pedagógica sempre que necessário, tal como aconteceu em 2009. Da mesma forma, também a formação ministrada aos seus responsáveis adultos tem sido sujeita a atualizações e melhorias constantes, sendo reconhecida internacionalmente pela Organização Mundial do Movimento Escutista. O CNE dispõe de um museu escutista em Lisboa, onde pode ser visitado um vasto espólio de objetos, recordações e documentos sobre o Escutismo em Portugal.
O que somos?
O CNE é membro da Organização Mundial do Movimento Escutista (OMME, www.scout.org) desde 1929. O CNE é uma instituição reconhecida de Utilidade Pública pelo Governo Português. O CNE é um movimento da Igreja Católica e assume, com orgulho, a sua responsabilidade cristã na sociedade. O CNE é também membro:
• da Federação Escutista de Portugal (FEP);
• da Comunidade de Escutismo Lusófono (CEL);
• da Conferência Internacional Católica do Escutismo (CICE).
• de vários organismos e instituições da Igreja, da sociedade e do mundo escutista.
Somos um movimento de educação não formal de jovens, sem fins lucrativos, não-político e não-governamental. Onde estamos e quantos somos Atualmente com mais de 73 000 escuteiros em 1100 agrupamentos locais no território continental, regiões autónomas dos Açores e Madeira, Genebra e Macau, o CNE é a maior associação escutista e a maior associação de juventude portuguesa.
Os nossos associados distribuem-se pelo género feminino e masculino em proporções idênticas. Nos nossos agrupamentos e estruturas intermédias temos mais de 17 mil Lobitos, cerca de 20 mil Exploradores, cerca de 14 mil Pioneiros, mais de 7 mil Caminheiros e mais de 13 mil Dirigentes. O CNE tem tido um crescimento contínuo do seu efetivo, o que, tendo em conta o decréscimo de natalidade, é revelador da aceitação do Escutismo na sociedade portuguesa.
No CNE as crianças e jovens estão divididos em quatro secções que correspondem a quatro faixas etárias diferentes.
Na idade de Lobito (6-10 anos), o importante é brincar com os outros, no meio da alegria e da imaginação, com um primeiro contacto com a natureza. O Lobito gosta de inventar jogos, de brincar, de colecionar toda a espécie de coisas. A sua curiosidade é inexcedível. O Escutismo propõe-lhe “Caçadas” apaixonantes em torno de interesses comuns, apoiadas por contos e lendas conhecidos. O Livro da Selva é o seu imaginário e São Francisco de Assis é o seu patrono.
Os Exploradores/Moços estão na idade de querer descobrir o mundo e a vida, é a idade da aventura, dos projetos fabulosos, dos heróis invencíveis, da penetração nos mistérios da natureza. O Escutismo propõe-lhes a “Aventura”/”Expedição”, decidida em conjunto e vivida por todos, na qual a pessoa de um herói é ao mesmo tempo um desafio e o cimento necessário à coesão do grupo. São Tiago é o seu patrono.
Entre os 14 e os 18 anos é a idade do grande desafio: os jovens querem dar provas do que são capazes, querem ver reconhecida a sua personalidade, desejam conhecer os outros a fundo, viver em grupo e, com eles, “ajudar a transformar o mundo”. O “Empreendimento”/“Cruzeiro” é uma ação criada, enriquecida e vivida em grupo, onde muito se descobre e muito se constrói, onde a função e a responsabilidade de cada um, tal como a cooperação entre equipas, são igualmente indispensáveis para o êxito final. São Pedro é o seu patrono.
Entrando na fase adulta, imagina-se a construção de um Homem-Novo que queira empreender uma caminhada que sabe nem sempre ser fácil, mas que tem a certeza de ser a correta e por isso opta por ela. Entre os 18 e os 22 anos, empreendem uma Caminhada/ /Companha que lhes permite ousar através da ação, intervir na comunidade trilhando percursos comuns de crescimento e de autonomia. São Paulo é o seu patrono.